Muito se ouve falar sobre storytelling, mas, afinal, qual é o significado deste conceito para o meio empresarial e qual sua importância para seu empreendimento?
Sob um cenário de intenso fluxo de informações como o do mercado atual, para que uma marca tenha destaque na memória do consumidor é preciso que provoque algum tipo de impacto. O storytelling surge, neste sentido, como uma solução: uma estratégia de apropriação através de técnicas narrativas, que diferencia uma empresa das demais através de sua aproximação com o público. “Contar história” é a tradução literal deste termo, que nada mais é do que a forma mais antiga de transmitir conhecimento. O modo como vemos os fatos ao nosso redor sofre influência quase integral de histórias e do modo como as interpretamos.
Pessoas que creem na mesma história possuem valores semelhantes. À rigor, o storytelling consiste em contar para o consumidor algo que chame sua atenção e que o faça se identificar com a empresa. É claro que quando nos referimos ao marketing corporativo queremos uma boa história, isto é, uma história autêntica, fora do trivial, que crie um vínculo emocional e pessoal e leve o público a mergulhar em uma experiência provocada pela marca. O objetivo é que a pessoa que se pretende atingir capte a mensagem e, quando em contato com algo similar, possa relacionar imediatamente. Deste modo, essa “contação de histórias” torna-se um meio de convencê-la a adotar determinado comportamento, ou comprar determinada ideia.
Qualquer plataforma pode servir para contar essas histórias – blogs, vídeos, televisão, rádio e até mesmo canais sociais. Dados indicam que comunicados de imprensa que contém multimídia apresentam 77% a mais de resposta do que aqueles que contêm apenas textos. Isso indica que converter uma mensagem objetiva em um storytelling faz com que o público crie uma relação com o material a que foi exposto. Isso resulta em seu envolvimento com a empresa, bem como com seus produtos e serviços, o que o aproxima da marca e aumenta as chances de que se torne um cliente. Existem alguns modelos clássicos e muito eficazes de histórias usadas no marketing estratégico de várias empresas. Alguns exemplos são:
- A Jornada do Herói: você, indivíduo (ou a própria marca) comum é chamado para a aventura. Resiste ao chamado mas encontra um mentor e aceita a missão. Apesar dos desafios e obstáculos passa por uma mudança e consegue se superar, tendo êxito e servindo de inspiração.
- Do fracasso ao sucesso: Algo aconteceu e agora você tem um problema. Você faz uma descoberta que resolve seu problema e revoluciona sua vida, mesmo sendo uma pessoa comum. Agora, você pode mostrar a todos como também sair do fracasso e chegar ao sucesso.
- Somos parecidos: você é muito parecido comigo, temos os mesmos sonhos e medos e eu entendo você. Te mostro como eu encontrei uma solução para nosso problema e porque quero compartilhá-la com todos.
A dica de ouro é encontrar a mensagem correta a ser transmitida, e não apenas contá-la, mas mostrá-la, através de imagens, sons, e todo o tipo de intervenção sensorial. Para isso, a empresa deve ter em mente o que deseja que o consumidor pense sobre sua marca. Tendo como base os interesses do público e os objetivos da marca, o essencial é definir a que valores deverá ser associado seu nome e sua imagem. Em posse dessa mensagem, o passo seguinte é transformá-la em algo consistente, que pode ser desde um slogan até a história de um personagem. O importante é que apresente dados relevantes e que faça com que o público se identifique. Este é o diferencial que tornará sua marca memorável, te permitindo expandir seu público e, mais que isso, fidelizá-lo.