O que é preciso saber sobre a crise do coronavírus e seus impactos na economia?
A pandemia do Coronavírus tem apresentado uma progressão abrupta e, em razão disso, instalou uma incerteza mundial quanto aos impactos na economia. A dificuldade de mensurá-los, tendo em vista a impossibilidade de determinar a duração da crise, gera tensões, principalmente entre micro e pequenos empreendedores, que sofrem com a diminuição significativa do consumo.
A FGV Jr, visando auxiliar empresas a manter suas atividades após a superação do cenário atual, procurou informar os possíveis desdobramentos econômicos da COVID-19, além de comunicar quais medidas estão sendo tomadas pelo governo e instituições para atenuar os danos.
A Secretaria de Política Econômica, no Boletim Macrofiscal do Ministério da Economia, além de revisar a projeção de crescimento do PIB brasileiro em 2020 (de 2,4% para 2,1%), apresentou 5 efeitos prováveis da pandemia sobre o sistema econômico brasileiro:
1. Redução nas exportações:
O grande parceiro comercial do Brasil mostrou-se como epicentro da disseminação da COVID-19 e, portanto, o primeiro setor a ser atingido foi o de importações e exportações.
2. Queda no preço de commodities e piora nos preços de troca
A retração na demanda por commodities em âmbito global exigiu que o Brasil reduzisse seus preços. Por outro lado, os insumos importados pelo país tendem a apresentar uma elevação de preço, uma vez que o mercado internacional passa por um período de menor disponibilidade de recursos.
3. Interrupção da cadeia produtiva de alguns setores
A necessidade de paralisação na produção dos mais diversos setores econômicos coloca em risco a sustentação das atividades a longo prazo.
4. Queda no preço dos ativos e prejuízo na condição econômica
A pandemia provocou um aumento na busca por ativos de menor risco pela instabilidade do mercado. A incerteza e a estagnação da economia acabam por refletir no acesso ao crédito e investimentos.
5. Redução do fluxo de pessoas e mercadorias
A opção de adotar uma atitude isolacionista como prevenção da doença diminuiu o fluxo de viagens, produtos e a prestação de serviços e os efeitos futuros são temidos, ainda que incertos.